segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Planos e Sonhos

"Sonhar os sonhos de Deus é a maneira mais segura de realizar projetos."

Deus é o maior sonhador que o universo um dia terá. Deus arquiteta com perfeição, aguarda com ansiedade e vê realizar seus projetos eternos tempo após tempo.
E, como Pai amoroso que é, Deus tem prazer em ver seus filhos realizando sonhos.
O maior problema é quando queremos sonhar sonhos que não estão nos planos do Pai.

No livro de Provérbios, encontramos por diversas vezes a mesma orientação: "O coração do homem pode fazer planos, mas a resposta certa dos lábios vem do Senhor" (Pv. 16:1). Há um segredo escondido na Palavra, que nos levará a um caminho de descanso e realizações. E o segredo começa pelo reconhecimento de que "enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá?" (Jr. 17:9).

Infelizmente, mesmo como filhos do Pai, temos uma grande dificuldade em aprender a abrir mão daquilo que criamos e projetamos, a fim de dar oportunidade aos sonhos do Senhor. Esquecemos-nos que "a vontade do Senhor é boa, perfeita e agradável" (Rm 12:2), e não confiamos o suficiente nas promessas do Pai. Por isso, sempre desejamos dar o nosso jeitinho, fazer nossos planos, nossos próprios projetos.

Costumo dizer que é mais fácil abrir mão da própria vida por amor ao Senhor do que dos sonhos. E essa é uma grande e triste verdade. Ao longo da vida, construímos um verdadeiro castelo de sonhos. Entretanto, nem sempre esses sonhos estão em sintonia com os sonhos do Pai para nós. E aí surgem as frustrações. Mas não deveria ser assim.

Quando compreendemos que o Eterno, antes da fundação do mundo, já sacrificou o Cordeiro, entendemos que o Senhor não pode ser surpreendido ou pego de surpresa. Deus não precisa mudar seus planos eternos porque alguém quis escolher outro caminho. Deus sempre terá o controle absoluto de tudo, simplesmente porque Ele é Deus! Quanto mais nossas vidas não estariam escritas em seu livro?

Sendo filhos, precisamos, desesperadamente, aprender do Pai o segredo para confiar nos planos do Eterno. E mais do que isso. Quanto mais crescemos em comunhão e intimidade, quanto mais treinamos nossa fé, mais próximos do Pai estaremos, mais atentos à voz do Espírito seremos, até chegarmos ao ponto de que os sonhos do Pai serão nossos sonhos, e nós sonharemos sonhos que são nossos, mas, no fundo, são dEle.

Que o Deus Eterno, cujas promessas não falham, cujos projetos foram designados em alguma eternidade, nos ensine a descansar e confiar, a depositar nossa esperança nAquele que tem os melhores sonhos para nós, porque, afinal de contas, ninguém melhor do que Ele para nos fazer alcançar os maiores projetos de nossa vida, pois Ele nos diz: "Eu é que sei que pensamentos tenho a vosso respeito, diz o Senhor; pensamentos de paz e não de mal, para vos dar o fim que desejais" (Jr. 29:11).

Graça e Paz vos sejam multiplicadas em Cristo Jesus.

4 comentários:

  1. Olá, Rachel

    Vim me intrometer aqui. Estava lendo os 2 últimos posts e acredito que isso seja certo, de fato a vontade divina prevalece sobre a vontade humana, e também acredito que haja planos, por assim dizer, ou melhor dizendo, há um caminho certo, já designado, ou pelo menos que esteja de acordo com a vontade divina. A questão(questões rs) que eu faço é: como identificar essa vontade? Ou como diferenciar a vontade divina da vontade humana? Haverá, em toda escolha feita por nós, um caminho certo e um caminho errado?
    E se os planos de Deus já foram designados, não são inevitáveis? Ir contra esses planos seria mesmo inútil. Bem, acho que falei e perguntei demais. Obrigado por responder a outra msg, e parabéns pelas tuas convicções e pela força, que parece grande. Não falei que dava pra poetisa? Dê umas rimadas a mais que garanto que sai coisa boa.

    Abraço,
    M.

    ResponderExcluir
  2. Olá, M.;
    Você, com certeza, será sempre bem-vindo.
    Suas perguntas são muito interessantes, e gostaria de me atrever a discorrer sobre elas, sem pretender, no entanto, respondê-las por completo.
    A Palavra de Deus é a verdade. Nela estão contidas todas as diretrizes para a vida nesta terra; aqueles que depositam em Deus a sua confiança também devem crer que a Sua Palavra é como um manual de instruções para a vida diária.
    Realmente por vezes não é fácil identificarmos a fonte de nossas vontades, sonhos e projetos. Mas, sob o crivo da Palavra, encontraremos respostas.
    A Vontade de Deus nunca irá contra os Princípios do Eterno. Vontades e sonhos que contradizem o que está explicitamente descrito nas Palavra, com certeza, não vem dos Céus.
    Mas o grande ponto aqui é: aqueles que se permitem ser guiados pelo Espírito de Deus, aqueles que tiveram uma experiência real e profunda com Cristo, que compreenderam sua condição de pecador e necessitados da graça salvadora que só pelo Sangue de Jesus conseguimos, compreendem que apenas em Deus há segurança para uma vida de realizações. Saber quando somos nós e quando é Ele é uma questão de intimidade e comunhão.
    Exemplo: se você começa a namorar, você não sabe exatamente quais são os gostos da pessoa amada. Mas, com o passar do tempo, uma simples careta, um sorriso mais singelo, ou um olhar mais profundo te revelarão os sentimentos e intenções da outra pessoa, sem você precisar perguntar muito. Não é verdade?
    A mesma coisa acontecerá a medida que você se deixa ser guiado pelo Senhor, você conhecerá quais são os planos dEle para a sua vida, e, a partir daí, você poderá escolher.
    Somente saberemos diferenciar a vontade de Deus da nossa própria vontade ao passo em que damos espaço para Deus nos mostrar qual é o caminho certo a seguir, a medida que nos dispomos a ser guiados por Ele.
    E aí entramos em outra questão interessante: "E se os planos de Deus já foram designados, não são inevitáveis"
    Deus é Eterno. Sabedor de todas as ciências e de toda a realidade. Ele, desde a Eternidade, já sabe todos os caminhos que tomaremos. Mas, isso não quer dizer, que Ele nos predestinou para esse caminho. Deus sempre deu ao homem o poder da escolha, do livre arbítrio.
    Ele sabe quais escolhas faremos, mas isso não quer dizer que seja a vontade dEle que tomemos tais caminhos.
    Em sua onisciência, Ele conhece todos os passos de toda a humanidade, mas Ele não designa uns para serem bons e outros para serem maus. Cada um faz suas escolhas, e Deus respeita escolhas.
    É aí que entra a escolha de segui-lO, de se submeter à Sua Vontade. Assim, tomaremos um caminho seguro, um caminho que nos conduzirá ao descanso.
    É sonho de Deus que todos compreendam que Ele é a fonte de toda a vida, mas, Ele sabe, assim como nós sabemos, que nem todos farão essa escolha, muitos, optando pelo caminho da maldade.
    Bem, espero que tenha, ao menos, conseguido dar uma pincelada. Fique sempre a vontade para discutir algum assunto.

    Abraços;

    Até a próxima.


    Rachel=)

    ResponderExcluir
  3. Olá, doce Rachel.

    Valeu pelas boas vindas. Já dá pra sermos amigos? rs.
    Essas questões, me parece, são um pouco complicadas, e uma resposta leva sempre a outra pergunta, e se depender de mim poderíamos discutir pela vida inteira. Compreendo o que vc quer dizer quando fala "Vontades e sonhos que contradizem o que está explicitamente descrito nas Palavra, com certeza, não vem dos Céus.", mas e quando não contradizem? A todo momento temos que fazer escolhas, e mesmo as menores parece que podem mudar tudo, e como saber qual é "O" caminho? Seguir a carreira X ou a Y?, namorar fulana ou beltrana?, etc. Pelo que eu entendi do que vc disse, a intimidade, a comunhão, a tal relação com Deus, determina isso, e concordo, mas é algo meio fora de qualquer explicação, não é isso? Ou uma espécie de sensação, de certeza? Ou resumindo: Como é que se sente Deus? Como é que nos relacionamos com Ele e sabemos de Sua vontade? Como é que isso é "revelado"? Eu pergunto pq de fato não sei não, só chuto.
    E então chegamos à outra questão, e vc disse:
    "Deus sempre deu ao homem o poder da escolha, do livre arbítrio. Ele sabe quais escolhas faremos, mas isso não quer dizer que seja a vontade dEle que tomemos tais caminhos. Em sua onisciência, Ele conhece todos os passos de toda a humanidade, mas Ele não designa uns para serem bons e outros para serem maus. Cada um faz suas escolhas, e Deus respeita escolhas."
    Se Deus sabe quais escolhas faremos, estas escolhas já estão determinadas. Mesmo que Deus não interfira no nosso livre-arbítrio, se as nossas decisões e o resultado delas já são conhecidos por Deus, de alguma forma, já estão definidas, ou seja, independentemente do que eu faça agora, o meu futuro já está determinado, de modo que, onde fica a responsabilidade pelas próprias escolhas? Não sei se fui claro. Exemplo: Um homem tem de escolher entre ir pela rua A ou pela rua B. Deus já sabe qual escolha ele fará, certo? E também não interferirá na escolha do tal homem. Mas se Deus já sabe, já há algo destinado a acontecer, e aí, que diferença vai fazer o questionamento do pobre homem? Vamos dizer que ele escolherá a rua B. Mas se ele escolherá a rua B inevitavelmente (de algum modo, porque isso já é conhecido), que mérito tem em se questionar, analisar os pros e os contras, procurar fazer a coisa certa, se ele vai escolher, no fim, a tal rua B? Parece que há algo estranho nisso. Porque se tudo já está conhecido, também tudo já está feito. E isso deve levar a mais um milhão de perguntas.
    Mas quando falei antes, sobre os planos de Deus serem designados, e portanto inevitáveis, pensei no seguinte: Se Deus tem Sua vontade, ela é a correta, e seria bom o homem segui-la. Mas se não segui-la, o que receberá? Irá sofrer, se perder, esmurrar ponta de faca e dar voltas em círculos, correto? De modo que não seguir a vontade de Deus seria tolice, e mais cedo ou mais tarde o homem acabará seguindo a vontade Dele, por mais insistente que seja. Mas tenho pensado e acho que talvez mesmo o erro e mesmo o pecado também tenham o seu valor, não pelo pecado em si, mas pelas consequências. Só se aprende errando e sofrimento às vezes ensina muito, você não acha? De modo que, às vezes o certo pode vir por meio do errado, de certa forma. Não foi um santo pecado (se é que se poderia falar isso) Adão ter comido do fruto? Se não comesse, não haveria a benção da encarnação do Verbo, o Novo Adão, não é isso? Como se diz numa passagem, "Porque Deus encerrou a todos debaixo da desobediência, para com todos usar de misericórdia." (Rm 11:32)
    Prometo que falarei menos da próxima vez.

    Abraços,
    M.

    ResponderExcluir
  4. Olá M. (de novo)

    Já disse que você será sempre bem-vindo... então não se preocupe em falar demais!! E já pedi desculpas pelo atraso (no outro blog), a semana foi bem corrida.

    Mas, vamos lá. Seus questionamentos não são originais (trsrsrsrrsrsrs); creio que a humanidade sempre se perguntou essas coisas e elas realmente não são simples de se entender. Não sou dona da verdade e não carrego em mim um minidicionário de como Deus age; por isso, algumas coisas não poderei responder.

    Acredito que a primeira coisa a se ter em mente é a fé. Deus não age na esfera da razão, ele age pela fé. É pela fé que aceitamos que os mundos foram por Ele criado (através da Palavra que explodiu e virou o big-bang). É pela fé que cremos que Cristo veio ao mundo em carne. É pela fé que cremos no Nome do Filho de Deus para salvação eterna. Sempre é pela fé.

    E pela fé entendemos algumas coisas. Eu compreendo essa sua dúvida quanto aos caminhos a seguir e escolhas a fazer. Mas, eu volto a dizer o que eu disse: tudo é uma questão de relacionamento. Comunhão com Deus não exige muito; você tem que crer que Ele é Deus e que Cristo é o Senhor e Salvador... depois disso, você vai adquirindo, aos poucos, entendimento e intimidade. Não é uma voz, não é uma luz, nada disso. Você simplesmente vai adquirindo sensibilidade ao comando. É dificil de explicar porque não é algo que acontece a nível intelectual, é espiritual. É fé.

    E quanto à predestinação, o desejo de Deus é que todos cheguem ao pleno conhecimento da verdade, que todos sejam salvos. Mas nem todos serão, porque cada um faz suas próprias escolhas. Se o homem não tivesse o poder de escolher, Deus seria um tirano, um déspota! Predestinar uns para serem bons e outros para serem maus, uns para serem salvos e outros para perdição. Que sentido há nisso? Nenhum!! Deus dá a todos o poder da escolha, o livre arbítrio.
    E cada um prestará contas de suas escolhas diante dEle. O fato de Deus saber quais escolhas faremos não quer dizer que isso já foi pré-escolhido ou pré-determinado. Ele simplesmente sabe porque Ele é Deus.

    E outra, é como o meu post de hoje: Atitudes de Sabedoria; você não precisa sofrer para aprender. É inteligente quem aprende com os erros cometidos; é sábio quem aprende com os erros alheios. Se você vê que um fulano começou a usar drogas e se tornou um viciado, você não precisa usar também para saber se é bom ou ruim. Com as coisas de Deus é a mesma coisa. Você, aos poucos, vai aprendendo a distinguir a Vontade do Senhor da vontade do seu próprio coração. Não é fácil, mas é possível. E voltamos outra vez ao relacionamento.

    Nenhum erro justifica o aprendizado. O que quero dizer: errar simplesmente para aprender é coisa de tolo. Com o erro aprendemos, é verdade. Mas não podemos justificar o erro somente porque aprendemos. Deu pra entender? Erros trazem consequencias. Feridas internas. Mágoas, tristezas. Erros trazem duras consequencias. Logo, é melhor aprender a não errar, aprender a aprender com os erros alheios. E outra vez falamos de relacionamento com Deus. De fé, de se deixar ser guiado pelo Senhor, de crer que Ele tem o poder de nos conduzir pelo caminho seguro.

    Tudo começa com crer que Cristo é o Filho de Deus, que veio ao mundo para resgatar o perdido. É reconhecer que todos pecaram e carecem, desesperadamente, da salvação de Deus. Não é religião, não é fanatismo, não é lavagem cerebral. É simplesmente fé para viver a Vida de Deus!!!

    Bem, eu não sei se consegui me fazer entender... e sei que não respondi as suas perguntas. MAs, estarei aqui, sempre que quiser "falar" demais!! srsrsrsr

    Abraços

    Rachel=)

    ResponderExcluir